domingo, 29 de outubro de 2017

Ferrados? Bem... nem tanto (ainda)



Tem gente dizendo que o Brasil está ferrado. No entanto, acho que é o melhor momento de ensinar a importância de saber separar o Estado de governo(s).

Esta mesma gente acha que o Brasil está ruim porque o PT vai desmoronar de vez (o PSDB já foi) e que agora nenhum político presta - aquela velha justificativa que todos conhecemos e quase ninguém engole mais.

O PT teve a chance de mudar o país, mas a desperdiçou. Fazer o que!? Caíram exatamente no buraco que diziam combater. Não há justificativa para o aparelhamento do Estado Brasileiro (governo é uma coisa, Estado é outra). Não existe "rouba, mas faz". Ninguém tem o direito de roubar dos brasileiros, em nenhuma hipótese.

E o Estado brasileiro? Está indo junto com os partidos que acabaram com ele, exatamente por não termos a divisão.

Os governos poderiam até cair, mas o Estado brasileiro deveria continuar forte e representado. Foi assim que pensaram os suecos, noruegueses, japoneses, britânicos, belgas, espanhóis, holandeses, dinamarqueses, que vivem naquelas monarquias constitucionais parlamentaristas. Os seus cidadãos podem até errar em legitimar governos inúteis que precisam cair, mas seus Estados continuam firmes e bem representados, além de representarem as maiores democracias consolidadas do planeta Terra. (o curioso é que tais países apresentam mais princípios republicanos do que as próprias repúblicas da América Latina).

Se deixarem, os brasileiros terão sua última chance em 2018. Como mudar o país? A primeira coisa a ser feita, acredito eu, é não reelegendo absolutamente NINGUÉM. É possível, mas aí é esperar coragem e sabedoria da nação toda. Opções teremos, isto eu garanto!

O historiador Yuval Noah Harari nos ensina o caminho: "A história é modelada por pequenos grupos de inovadores que olham para a frente e não por massas que olham para trás".


(Não tenha medo de expor suas opiniões. Você é livre para pensar!)

domingo, 22 de outubro de 2017

Já passamos por crises maiores (e superamos todas)




Quem estudou história do Brasil sabe que entre 1830 e 1840, quando o Brasil se chamava Império do Brazil, o país passou por uma longa crise provocada quando o então imperador (e príncipe de vários prostíbulos) Dom Pedro I se mandou para o Reino de Portugal (o motivo vocês devem lembrar), deixando por aqui seu filho primogênito Pedro de Alcântara (Dom Pedro II), de apenas 5 anos de idade.

Durante aquele período (vocês devem saber também) o país quase foi dividido em várias repúblicas - pelo menos em umas 5.

O que pouca gente sabe é que o país conseguiu driblar os problemas porque foi criado um plano estratégico que mantinha o foco no interesse comum da nação. Todo o processo pensado pelos tutores de Pedrinho manteve o país integrado e anos depois estabilizou a economia (Lógico que o crédito maior deve ir para José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos maiores brasileiros de todos os tempos, mas a figura de Pedro II é importante pelo simbolismo, pois ele exercia o papel de maior liderança do país e isso era importante para manter o país integrado).

Na década de 1850 o Brasil viveu um boom econômico e se industrializou como nunca tivera feito. Existia uma liberdade nunca antes vista no país (parte graças a Irineu Evangelista de Souza - barão e depois Visconde de Mauá) e o Brasil cresceu como nunca, com suas estradas de ferro, indústrias, escolas e até com a criação do Banco do Brasil.

Como o país saiu da crise? Com liberdade para que pessoas de visão como o Visconde de Mauá (título que ganhou de Dom Pedro II) pudessem empreender e desenvolver suas ideias, que estavam muito além do seu tempo, e com a segurança que os sistemas e formas de governo garantiam, representados na figura do imperador.