No
Brasil, a primeira tentativa de abolir a escravidão começou, até onde se pode
datar, com Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido nos livros de história
como o MARQUÊS DE POMBAL (e também como Conde de Oeiras). No caso deste, a
abolição era referente à escravidão indígena (isso acontecendo em 1611).
Muita
gente associa, erroneamente, escravidão no Brasil ao negro (tão somente). O que
acontece é que, no caso dos africanos, já havia um comércio na própria África,
organizado pelos próprios africanos (sim, os africanos escravizavam os próprios
africanos). Os europeus (que também não eram lá tão bonzinhos assim)
aproveitaram que o comércio já estava em pleno funcionamento e trouxeram homens
já escravizados para trabalho não-livre nas Américas. (Não, não acho que isto
tenha sido justo, mas aconteceu).
A MONARQUIA ACABOU COM A ESCRAVIDÃO
DO NEGRO (E CAIU DEPOIS)
Anos
depois, e o Brasil já como monarquia, dois políticos tiveram participação
decisiva para com o fim da escravidão do homem negro do Brasil. Foram eles os
políticos liberais Joaquim Nabuco (monarquista) e José do Patrocínio
(republicano).
Joaquim
Nabuco era um monarquista (e liberal) e radicalmente contra à escravidão. Ele
atribuía à escravidão grande responsabilidade pelos problemas da sociedade
brasileira na época (e estava certo). No entanto, ele entendia que tudo deveria
se dar de forma pacífica (lembrem-se dos movimentos da época) e com a decisão
sendo tomada pelo PARLAMENTO BRASILEIRO, seguindo as leis da primeira
constituição do Brasil. Joaquim Nabuco, era, indubitavelmente, um excelente
exemplo dentro da política brasileira, coisa rara na república (é só pesquisar
e comparar).
A FAMÍLIA REAL
Dom
Pedro II e a princesa Isabel também eram contra a escravidão, assim como Irineu
Evangelista de Sousa (o Visconde de Mauá). Dom Pedro II (à quem costumo chamar
de Pedro de Alcântara), era um homem moderno (para além de sua época) e
cultíssimo, e sempre foi um abolicionista convicto. A própria família imperial brasileira
não tinha escravos. TODOS OS NEGROS ERAM ALFORRIADOS E ASSALARIADOS, EM TODOS
IMÓVEIS DA FAMÍLIA.
O FIM DO TRÁFICO NEGREIRO E A
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, COMO CONHECEMOS NOS LIVROS DE HISTÓRIA, SE DEU MAIS OU
MENOS ASSIM:
Lei
Eusébio de Queiroz (aprovada em 1850);
Lei
do Ventre Livre (1871);
Lei
dos Sexagenários (1885);
Lei
Áurea (1888) (assinada por Isabel Cristina, Bragança por nascimento e Orleães,
por casamento)
Como
no Brasil sempre imperou um pensamento lento e conservador, ao assinar a lei
que “libertou os escravos” (a Lei Áurea), a Princesa regente Isabel
praticamente acelerou - mas Dom Pedro II sabia daquele risco - a queda do
Império do Brasil.
João
Maurício Wanderley (barão de Cotejipe), que já havia sido Presidente do
Conselho de Ministros, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da Fazenda,
Ministro da Marinha, e Senador à época, declarou, quase que de forma profética:
"A SENHORA ACABOU DE
REDIMIR UMA RAÇA E PERDER O TRONO"!
Em
1889, logo após o golpe que proclamou a República (Estados Unidos do Brasil), a
família real foi expulsa do Brasil pelo governo que se instalaria como uma
verdadeira ditadura positivista (“Ordem e Progresso”). Eis o perigo de defender
(e colocar em prática) suas ideias publicamente no Brasil!
Por
Bruno Coriolano
*Somente
revelarei as fontes depois de um bom papo.
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