domingo, 24 de setembro de 2017

E QUANDO ACABOU A ESCRAVIDÃO NO BRASIL?







No Brasil, a primeira tentativa de abolir a escravidão começou, até onde se pode datar, com Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido nos livros de história como o MARQUÊS DE POMBAL (e também como Conde de Oeiras). No caso deste, a abolição era referente à escravidão indígena (isso acontecendo em 1611).

Muita gente associa, erroneamente, escravidão no Brasil ao negro (tão somente). O que acontece é que, no caso dos africanos, já havia um comércio na própria África, organizado pelos próprios africanos (sim, os africanos escravizavam os próprios africanos). Os europeus (que também não eram lá tão bonzinhos assim) aproveitaram que o comércio já estava em pleno funcionamento e trouxeram homens já escravizados para trabalho não-livre nas Américas. (Não, não acho que isto tenha sido justo, mas aconteceu).


A MONARQUIA ACABOU COM A ESCRAVIDÃO DO NEGRO (E CAIU DEPOIS)


Anos depois, e o Brasil já como monarquia, dois políticos tiveram participação decisiva para com o fim da escravidão do homem negro do Brasil. Foram eles os políticos liberais Joaquim Nabuco (monarquista) e José do Patrocínio (republicano).

Joaquim Nabuco era um monarquista (e liberal) e radicalmente contra à escravidão. Ele atribuía à escravidão grande responsabilidade pelos problemas da sociedade brasileira na época (e estava certo). No entanto, ele entendia que tudo deveria se dar de forma pacífica (lembrem-se dos movimentos da época) e com a decisão sendo tomada pelo PARLAMENTO BRASILEIRO, seguindo as leis da primeira constituição do Brasil. Joaquim Nabuco, era, indubitavelmente, um excelente exemplo dentro da política brasileira, coisa rara na república (é só pesquisar e comparar).


A FAMÍLIA REAL


Dom Pedro II e a princesa Isabel também eram contra a escravidão, assim como Irineu Evangelista de Sousa (o Visconde de Mauá). Dom Pedro II (à quem costumo chamar de Pedro de Alcântara), era um homem moderno (para além de sua época) e cultíssimo, e sempre foi um abolicionista convicto. A própria família imperial brasileira não tinha escravos. TODOS OS NEGROS ERAM ALFORRIADOS E ASSALARIADOS, EM TODOS IMÓVEIS DA FAMÍLIA.


O FIM DO TRÁFICO NEGREIRO E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, COMO CONHECEMOS NOS LIVROS DE HISTÓRIA, SE DEU MAIS OU MENOS ASSIM:

Lei Eusébio de Queiroz (aprovada em 1850);
Lei do Ventre Livre (1871);
Lei dos Sexagenários (1885);
Lei Áurea (1888) (assinada por Isabel Cristina, Bragança por nascimento e Orleães, por casamento)

Como no Brasil sempre imperou um pensamento lento e conservador, ao assinar a lei que “libertou os escravos” (a Lei Áurea), a Princesa regente Isabel praticamente acelerou - mas Dom Pedro II sabia daquele risco - a queda do Império do Brasil.

João Maurício Wanderley (barão de Cotejipe), que já havia sido Presidente do Conselho de Ministros, Ministro das Relações Exteriores, Ministro da Fazenda, Ministro da Marinha, e Senador à época, declarou, quase que de forma profética:

"A SENHORA ACABOU DE REDIMIR UMA RAÇA E PERDER O TRONO"!

Em 1889, logo após o golpe que proclamou a República (Estados Unidos do Brasil), a família real foi expulsa do Brasil pelo governo que se instalaria como uma verdadeira ditadura positivista (“Ordem e Progresso”). Eis o perigo de defender (e colocar em prática) suas ideias publicamente no Brasil!

Por Bruno Coriolano

*Somente revelarei as fontes depois de um bom papo.

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